Quando chegou a casa, Maria tropeçou no tapete da entrada, ligou a luz, e a lâmpada no minuto a seguir fundiu. Quando pousou a chave em cima do aparador da sala atirou com a jarra da avó para o chão e quando se sentou no sofá acertou em cheio nos restos da fatia de bolo da noite anterior. No entanto, não se levantou. Permaneceu imóvel até à meia-noite. Ouviu as doze badaladas sonoras do relógio da sala e depois sorriu. Era óbvio para ela, sentia-se uma Cinderela ao contrário, por isso, com o quebrar do feitiço era provável que pudesse sair sem problemas até às 8 da manhã com o Francisco e quiçá passar melhor noite da vida dela.
3 Comments:
:)
...Que a Maria se tenha divertido muito com o mocinho!
bj
Aparador!
Sempre quis usar essa palavra num texto...
Consola é outra palavra-mobiliário que gostava de conseguir usar num texto...
inveja é coisa feia.
A consola da entrada parecia um monstro com as entranhas abertas. Não devia ter escolhido vermelho sangue para acolher quem entra, transmite más vibrações.
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