O meu marido bateu-me. Chamei-lhe impotente e paneleiro. Senti-me a mulher mais feliz do mundo.
Ele dorme numa cama e eu noutra. Diz que não tolera o meu cheiro. Eu odeio-o.
Fazia um ano, quase um ano, que ninguém me tocava, excepto quando às vezes, ao receber um troco, as minhas mãos tocavam ao de leve nas do empregado. Vou muitas vezes fazer compras.
Disse-lhe que estava grávida para que não se fosse embora. Simulei um aborto e chorei no colo dele lágrimas que me enganaram a mim mesma. Visto-me de preto desde esse momento e imagino as feições do meu menino perdido. Fechei-me dentro de mim e fiquei com uma depressão irremediável. Crónica, dizem os entendidos. Dizem-me que tenho de ultrapassar o aborto, tentar de novo, que ainda sou nova…
O meu marido tocou-me.
Ele dorme numa cama e eu noutra. Diz que não tolera o meu cheiro. Eu odeio-o.
Fazia um ano, quase um ano, que ninguém me tocava, excepto quando às vezes, ao receber um troco, as minhas mãos tocavam ao de leve nas do empregado. Vou muitas vezes fazer compras.
Disse-lhe que estava grávida para que não se fosse embora. Simulei um aborto e chorei no colo dele lágrimas que me enganaram a mim mesma. Visto-me de preto desde esse momento e imagino as feições do meu menino perdido. Fechei-me dentro de mim e fiquei com uma depressão irremediável. Crónica, dizem os entendidos. Dizem-me que tenho de ultrapassar o aborto, tentar de novo, que ainda sou nova…
O meu marido tocou-me.
4 Comments:
Tens uma cabeça intrigante. Estive a ler o teu blog todo e fiquei quase assustado. Só és coerente com a tua incoerência. Gostava de te conhecer para pereceber em que corpo vives.
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Isso! Liberta a Claúdia Vanessa que há em ti! Mais! Queremos mais!
vives muito longe da realidade.tenta fazer análise ...
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