Saturday, May 27, 2006

Meant to be

All the time
I'm finding ways to make things
Fall in line
I know
How tricky things can be.
But I really do believe that
You are mine
And all the stars are there
Before us
Listen here
Some things are meant to be
Try to take it slow
Try to loose control
But I'll tell you what the trick is
What you get is what you had
To give away
When I learned
I found my eyes
Were opened
Long ago,
I had a dream
That quickly faded
Goes to show
How tricky dreams can be
But wouldn't you agree that
Those who know
Will whisper when they see us
Walking, "There's a love that's always meant to be."

Friday, May 26, 2006

Mais um fim

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Hand job by mine

Eu já fui uma escultura e às vezes volto ao ser


Seja como for

Tenho os olhos pregados no canto da sala. F. pergunta-me o que vejo e eu não lhe respondo. Tento esboçar um dos meus sorrisos em que as covinhas das bochechas se revelam. Custa-me muito ter que desviar a atenção de lá.
Na rua, um carro faz uma travagem forçada e tento adivinhar-lhe a cor. O meu conhecimento de automóveis não me permite mais especulação. Entretanto, o meu gato volta a fazer um disparate, mas não o consigo repreender, tem um ar arrependido (tenho quase a certeza que ele não consegue sentir arrependimento). O meu telemóvel toca e tenho que inventar uma desculpa para não sair de casa, não me apetece ver ninguém. Vou à casa de banho e retoco a pintura dos meus olhos e volto a pôr perfume (esqueço-me sempre de que já me esqueci três vezes de que já me tinha perfumado, fico a cheirar mal). Troco umas palavras com F. que parece ainda mais entediado do que eu, farto de me ouvir a dizer coisas sem interesse.
Sinto falta do canto da sala.

Thursday, May 25, 2006

Mais um post sem sentido

Quando eu for grande e crescida vai ficar tudo bem. Quando eu for deeeste tamanho os bichos vão ter medo de mim.
Depois vou olhar para baixo e pensar que o tempo é muito melhor lá em cima.

Monday, May 22, 2006

Multa

Estacionei no meu umbigo.

Friday, May 19, 2006

Sem comentários

Thursday, May 18, 2006

Infância

Itsy Bitsy spider climbing up the spout
Down came the rain and washed the spider out
Out came the sun and dried up all the rain
Now Itsy Bitsy spider went up the spout again!

Tuesday, May 16, 2006

Claro! Está tudo explicado- Estou sob a influência de Marte e Saturno.

Um dia relativamente difícil. Vai depender muito de sua postura. Internamente você não está bem. Nervosismo, irritação e principalmente muita pressa em resolver as coisas. Hoje, você está sem paciência. E veja que as pessoas, hoje, estarão muito chatas e pouco dispostas a resolver a coisa. Junta uma coisa com outra e o conflito se estabelecerá. Sabendo disso, fique mais quieto(a) hoje.

Fonte: cigano.net

É que já nem penso mais nisto, tenho apenas que aguardar que os planetazitos se afastem e prontes...



Cara..., put.., fod..., mer..

Pode ser que eu amanhã acorde e esteja tudo melhor! Pode ser... Gostava de saber quem foi o cretino que disse que somos os senhores do nosso destino ou qualquer treta do género. É que merecia mesmo um murro no nariz e um braço ao peito. Não se controla nada, eu disse ao meu carro:- Bolinhas, começa a andar!, e o gajo nem uma nem duas. Permaneceu absolutamente imóvel. Depois disse ao meu gato (que foi operado e continua a urinar sangue dia após dia): -Fica bom miauzinho da sua dona, coisa mais linda... E ele igual, a olhar para mim e a pensar que estou a ter mais um dos meus ataques. Só a plantita que lá tenho em casa me ouviu. Estava absolutamente careca e agora já lhe começam a nascer umas folhas.
Mas que raio, já estou num estado em que nem sair da cama me apetece. Também não me apetece ir dormir, nem comer, nem trabalhar, nem...nada. Tento ser optimista, mas depois receio bater com o trombil na parede outra vez. Tento ser razoável e cai-me o tecto em cima. Fico negativa e mando com o pé no pé da cama e sou obrigada a dizer todas as palavras adequadas à situação. Que merda malta, que valente fossa de merda em decomposição estes meus malfadados 25 anos.
Se alguém souber o contacto de uma bruxa baril, avise. É que já estou por tudo, venham as mesinhas e os feitiços e o Professor Katabundadora ou outro com um nome do género.
Entretanto, aceitam-se contribuições para encher o vento da minha carteira. Oh, vá lá, um euro a cada um...

P.s. é só solicitar o nib, ok? Vale? Si? oh vá lá.

Mais uma piada seca!

Na sua vida há uma linda morena que, no seu passado, o fez sofrer muito. No seu futuro vejo uma loira que o fará sofrer muito mais ainda...- É a minha mulher... É que ela tingiu os cabelo

Monday, May 15, 2006

José Régio

Cântico Negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

A exposição que não vi :(

Sunday, May 14, 2006

Tomai lá!

Birra pós-moderna

Birra pós-moderna
IV parte

birra

s. f.,
teima, obstinação, zanga;
vício de cavalgaduras que consiste em ferrarem os dentes em alguma coisa;
antipatia, aversão;

Sou mesmo caprichosa, tenho a mania de pensar e agir fora dos parâmetros da revolução (incontornável, mas que) nos empurrou para o universo masculino. Achava que a abertura dos espaços de informação global poderia servir para uma maior participação sem as peias da rotulagem. Mas se as há prefiro que me metam no saco do feminino e das raparigas, moças e afins. Sempre faço a minha contribuição, ainda que medíocre, para a visibilidade das diferenças.
A modernidade prometia felicidade através da ciência e do progresso a pós-modernidade não. Vivemos uma era, a meu ver, “aparadigmática” e por isso a liberdade é total. Ou não?

Birra pós-moderna

Birra pós-moderna
III parte

Catarse

substantivo feminino
1.
purificação emocional;
2.
LITERATURA (Aristóteles ) purgação das paixões do público em face das emoções fortes (horror, piedade, etc.) evocadas numa tragédia;
3.
(Antiguidade ) cerimónias religiosas de purificação;
4.
PSICOLOGIA terapêutica psicanalítica que pretende o desaparecimento de sintomas pela exteriorização verbal, dramática, emocional de traumatismos recalcados;
5.
MEDICINA evacuação;
(Do gr. kátharsis, «purificação)

Normalmente não faço isto em público, mas confesso: não dispenso um bom clister! Faz bem à pele e à alma.

Birra pós-moderna

II parte

Esqueci-me do fato e gravata, por isso hoje vou às compras nua.

Birra pós-moderna

Birra pós-moderna
sutiã


do Fr. soutien-gorge
s. m.,
peça de roupa interior destinada a sustentar e modelar os seios.



Não queimei nenhum sutiã hoje. Mas apetecia-me. É que está calor e estou a ficar com os seios suados.

Friday, May 12, 2006

Súplica a um deus desconhecido

Não aguento mais. Preciso de uma pausa, de um hiato, quero deixar de ser por minutos.

Saturday, May 06, 2006

veludo

Beija-me as costas como se fossem de veludo. Aperta-me o corpo como se precisasses dele para não cair. Usa a tua língua para apagar o calor que não me deixa respirar. Não me olhes nos olhos.
O meu corpo não me respeita, ordena-me e exige que o satisfaça. É como um animal sedento, insaciável e parasita. Suga-me a autonomia, obriga-me a procurar-te. Não conhece as restrições da rotina nem a compostura.
Penetra-me como se me matasses sem dó, faz-me gemer de dor, ajuda-me a desfazer definitivamente a catedral em que vens rezar.
Vai-te
embora e
deixa-me.

Friday, May 05, 2006

Homenagem à minha amiga dos pius!

Thursday, May 04, 2006

Ai o piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

ARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG

Monday, May 01, 2006

Princesa? Eu?!

Começou a contagem decrescente para invadir o reino do F. e abandonar o meu castelo. Temo esse momento mais do que a luta com o dragão cuspidor de fogo que me fazia companhia na torre. Era ele quem me ajudava a cortar o cabelo, nunca precisei de ser salva até este momento e não tenho qualquer empatia com as princesas dos contos.

Vou tentar ser uma princesa e esperar que o meu cavaleiro não me atire pela janela directamente para a masmorra.

Erva daninha

Uma lágrima demasiado sincera rasgou a superfície do meu rosto (a água salgada estraga a pele e por isso tenho que evitar furiosamente estas descargas).
F. não percebe que a desilusão é consequência de expectativas altas semeadas ao acaso no meu jardim.
Muitas vezes, a meio da noite, deparo-me com o crescimento delas. São como ervas daninhas, mesmo no solo mais infértil teimam em não me deixar em paz. Fazem um ruído estranho quando começam a furar em movimentos ascendentes e obrigam-me a levantar e a ir buscar a tesoura. Mas quando corto uma, duas rebentam atrás de mim e assim sucessivamente. Por isso, acordo exausta e sem energia para as regar ou para empreender uma nova aniquilação.
Destarte, a acumulação de noites mal dormidas e um desespero impotente levam-me às lágrimas (a água salgada estraga a pele e por isso tenho que evitar furiosamente estas descargas).

Inutilidade!


Os gulosos que me perdoem, mas para mim uma montra de bolinhos apenas me faz desejar uma boa patanisca de bacalhau.