Saturday, May 26, 2007

a b c

Estou farta. Dizem-me sempre: isso é uma questão de atitude, é isto, é aquilo. Não é não. Eu é que sei. Não tenho a mania que sei tudo, muito pelo contrário, mas o que se passa aqui dentro sinto-o, o que luto, sei-o, se conseguisse desligar, cortava a corrente. Mas não sei. Fico cansada das explicações que dou, do a b c de que a tristeza é normal mas isto não. Pode ter o nome que lhe quiserem dar, pode ter as causas que lhe apetecer, mas eu estou farta das consequências, estou farta de ter medo e de me esconder, estou cansada de não atender o telefone, estou cansada de não estar com amigos porque não consigo. Tomo as drogas que me mandam, comparo vidas e chego à conclusão de que há gente em situações bem piores do que a minha e que… porra, vivem. Eu vou vivendo, a pensar no que fiz, no que não fiz, no que deveria ter feito, no que tenho que fazer, no que… e não paro, não sossego, não desligo a cabeçorra de um raio que está sempre prestes a explodir. Culpa, culpa, culpa, culpa, sinto-a em todos os poros e quando a penso, descubro que não fiz nada de mal. Mas não sai, não me larga. Não sei o que fazer, não sei se há um limiar de cansaço em que se desiste, não percebo se é uma praga e se um dia destes os membros me começam a cair. Ás vezes vai embora, mas depois atropela-me e que raio, tombo de novo. Não sinto raiva de ninguém, só de mim

Friday, May 25, 2007

bom descanso e bom tal e coiso

Hoje ia falar de uma coisa importante, mas não estou com energia suficiente para isso. Por isso, digo só: bom descanso e bom tal e coiso. Cuidado com a chuva e cuidado com o sol, o tempo anda completamente marado. Se nos cruzarmos por aí, façam de conta que não me conhecem (ando-me a sentir maquiavélica e sou capaz de cuspir fogo).
;)

Wednesday, May 23, 2007

Gelatina

Gelatina, gelatina, vibra e pula como a gelatina. De morango de ananás, gelatina de melão, de maça. Queres ser gelatina, treme, treme, treme, vai dançar, vai pular, só não podes parar.

Monday, May 21, 2007

chuva

Hoje não vou ser eu, vou ser a outra, uma ficção retirada de um bom livro. Vou vestir uma saia em vez de calças e vou sorrir até ficar com as bochechas doridas. Tudo me vai despertar simpatia, mesmo o rude e o mal-educado. É isso, vou desenhar o mundo a lápis de cor, com todas as cores do arco-íris. Vou pedir chuva para dançar e cantar e um chapéu mágico para voar por aí. Vou fazer isso tudo hoje, enquanto limpo o chão da casa.

Saturday, May 19, 2007

Roleta

- Você é muito simpático Paulo.

- A Catarina também, olhe…

- Mas parece-me que esconde algo

- A sério? Sempre achei que era bastante transparente

- Não. Transparente é a minha camisa. Você é…

- Misterioso?

- Não me faça rir Paulo, não exageremos, não têm intensidade suficiente para isso.

- Olhe que ficava surpreendida.

- Duvido. A questão, Paulo, é que eu não aguento hipocrisia.

- Eu não sou hipócrita!

- Não é Paulo, tem a certeza?

- Catarina, mal a conheço, não percebo o rumo da conversa, está-me a baralhar, o que é que quer de mim?

- Nada, absolutamente. Mas abomino pessoas como você. Foi-me fazendo um cerco, julga que não reparei, tem-me tratado como um peixe…

- Como um peixe, francamente, você está perturbada.

- Talvez seja verdade, é possível que esteja perturbada, mas digo-lhe, não gosto de ser manipulada Percebe-me melhor agora?

- Olhe, eu só a quis ajudar…

- Em troca de quê?

- De nada, apenas do que estivesse disposta a dar.

- E se eu lhe desse o que queria, ajudava-me é? Ou ia…

- Está a ser ridícula.

- De facto estou, julguei que conseguia jogar o seu jogo, e apercebi-me que não sei jogar e detesto perder. Principalmente com alguém tão superficial como você.

- Não me diga.

- Digo-lhe, você é superficial e perigoso.

- Então por que não se levanta e vai embora.

- Já lhe disse, odeio perder e apetece-me vingar-me.

- Pode tentar.

- Já tentei, mas é impossível atingir alguém que se julga o máximo. Você olha para mim, vê-me perdida, às voltas, e lança-me o isco. Eu mordo-o, você puxa a linha e depois dá-lhe folga, mas não a corta. O que é que quer de mim?

- Quero que me deixe pagar o café.

Friday, May 18, 2007

há quem diga que eu sou uma coelhinha suícida...












talvez um dia me torne numa coelhinha daPlayBoy ;)

Auto-de-des- culpabilização


Eu não sou uma pessoa DESINTERESSADA estou é em modo snooze

Thursday, May 17, 2007











Dentro em breve a vista da minha janela vai deixar de me pertencer. Passaram anos e as estações mudaram muitas vezes. A minha árvore foi renascendo e adormecendo, vi nela o vigor da Primavera e a tristeza melancólica do Outono.

A porta, em frente à qual esperei incansavelmente e cheia de esperança vai fechar. Os objectos vão deixar de estar no seu rodopio habitual e não vão ter hipótese de serem adoptados.

E eu, vou partir, fechar a porta e ir para o mundo, para um espaço que não fui eu que criei. Levo comigo as desilusões e os fracassos e deixo o trabalho inútil, as horas passadas a construir o sonho que morreu.

Encontrei-me e perdi-me muitas vezes aqui, e é perdida que parto, desalentada, sem chão.

Começou com o erro da honestidade, pensava que havia, mas era inexistente, começou também com inexperiência e a corrida do adquiri-la não foi suficiente, depois pela procura desenfreada de soluções, as portas na cara, as que se abriram…Esta vai fechar, mas o passado mais inglório vai-me acompanhar.

Saio partida por dentro e mutilada por fora, a fé à medida que desapareceu consumiu o meu corpo.

Tenho objectivos, vou fazendo por isso, mas a angústia é grande, o medo de cair já não é tão inocente como o que sente o bebé que começa a caminhar e que, ao cair, se levanta com a mesma determinação de sempre. Repito constantemente para o ser que habita na minha cabeça: estás mais forte agora, sabes mais, já sabes… Mas ele está encolhido a um canto, com medo de errar mais uma vez, de nunca ser capaz de voltar a tentar andar, de desiludir quem o apoiou e de ter perdido a garra.

Já tive vários sonhos que eram rapidamente substituídos por outros, mas este eu agarrei-o, embalei-o, alimentei-o e dediquei-lhe a vida e o pensamento. Não foi só uma coisa para mim, fui eu. Agora, com a derrocada tenho que me reinventar e não estou a ser capaz.

Tuesday, May 15, 2007

É uma pena, mas os pequeninos apanham sempre tau tau

in Expresso

Por conta de outrem
(11-05-2007)

Os portugueses são o povo da Europa que mais valoriza o emprego por conta de outrem. A criação do próprio negócio está na mira de muitos, mas poucos passam da teoria à prática. Em dois anos, o país perdeu cerca de 49 mil empresas


Cátia Mateus


Os dados mais recentes não deixam margem para dúvidas. Em dois anos, Portugal perdeu 48.500 micro e pequenas empresas, negócios capazes de gerar emprego a terceiros e dinamizar a economia, que não resistiram a uma conjuntura económica adversa. Os portugueses continuam a ser o povo europeu mais dependente de outrem em matéria de emprego e o empreendedorismo atrai, mas não o suficiente para dar o passo em frente. Uma realidade que o presidente da associação de pequenas e médias empresas PME Portugal, Joaquim Rocha da Cunha, encara com preocupação e receio.



Ana Ávila criou em 2002 a sua própria empresa, depois de largos anos a trabalhar por conta de outrem, na área do «marketing». Deu o salto para um negócio próprio “em parte aliciada por uma maior facilidade na gestão do tempo já que tinha sido mãe há relativamente pouco tempo”, relembra. No arranque da empresa, uma editora contou com um sócio que se revelou fatal. “Cerca de dois anos depois da criação da empresa, o meu sócio quis abandonar o projecto e estávamos na fase de crescimento decisivo da empresa. Ainda tentei aguentar o projecto sozinha, mas a área era muito competitiva e acabei por optar regressar ao mercado de trabalho”, explica Ana.

Igual destino teve Pedro Almeida que calculou mal o seu negócio. Natural do distrito de Viseu, Pedro resolveu criar com uma prima uma loja de reciclagem de roupa (remodelação de vestuário usado) naquela cidade. Aquilo que aparentemente seria um negócio de sucesso e com forte adesão por parte do público jovem acabou por se revelar “uma aposta deslumbrada”, segundo o empreendedor. “Investimos muito no aluguer de um espaço, decoração e material e negligenciámos a divulgação do conceito de negócio e adequação dos preços e serviços à região”, enfatiza Pedro. A sua empresa durou apenas um ano e meio.

Estes dois casos não são raridades num país onde a vontade de trabalhar por conta própria é superior à da média europeia (78% em Portugal contra os 45% da média europeia, à luz dos dados do último Eurobarómetro), mas onde o receio do fracasso ainda impede a maioria dos trabalhadores que ambicionam empreender (62%) de trocarem um emprego por conta de outrem por um negócio próprio.

Na verdade, segundo Joaquim Cunha, “os primeiros três anos são os mais dramáticos na vida de uma empresa, designando-se até ‘vale da morte'”. O presidente da PME Portugal esclarece, contudo, que “as empresas que vimos fechar podem não estar exactamente nos seus primeiros anos de vida”. Até porque na opinião do especialista, esta perda de quase 49 mil empresas nos últimos dois anos está relacionada com uma “crise generalizada de confiança, um peso excessivo do Estado, da burocracia, dos impostos e com falta de estímulo ao empreendedorismo com políticas económicas que se baseiam na imagem do «big is beautiful» ao invés do «small is beautiful» fazendo crer que só as empresas de grande dimensão têm valor.

São várias as razões que podem conduzir à ‘morte' de um negócio mas o presidente da PME Portugal aponta a “falta de viabilidade económica, a ausência de mercados ou de liquidez desses mercados e o desânimo dos promotores” como principais problemas. Joaquim Cunha acrescenta ainda que “no caso das micro e pequenas empresas, cá como em todo o lado, vivem à volta da figura do seu criador e sócio-gerente. Se ele acredita, consegue e concretiza, então as coisas acontecem. Agora, se é tratado como um explorador, como acontece em Portugal, então o desânimo instala-se”.

De acordo com o Banco de Portugal, além da quebra de 48.500 empresas em dois anos, Portugal assistiu também a uma redução do número de trabalhadores por conta própria (prestadores de serviços) e empresários em nome individual sem funcionários a seu cargo que eram em 2006 menos 21 mil do que os existentes em 2004. Para o presidente da PME Portugal, “há muito que a associação vinha sentindo as dificuldades e o agravar desta conjuntura”. O responsável garante que nos últimos dois anos, apesar da entrada de milhares de associados, houve muitas desistências por encerramento da actividade.

Ainda que não seja possível determinar com exactidão o número de empresas e os sectores onde mais falências se registaram no último ano, Joaquim Cunha assegura que em matéria de regiões “o norte e o centro deverão liderar pois são as únicas regiões realmente viradas para a exportação e expostas à globalização, sem as protecções administrativas de que beneficiam as empresas que exploram os monopólios”. Contudo, o especialista aponta a indústria transformadora (particularmente a têxtil), a construção e o comércio tradicional como os principais líderes nas falências.

Inverter esta tendência passa, segundo Joaquim Cunha, por “mudar a atitude face aos empreendedores”. É que para o presidente da PME Portugal, “enquanto for mais compensador ser funcionário público ou quadro de uma multinacional teremos cada vez menos empreendedores e gestores nas PME menos qualificados. As coisas não se mudam apenas com anúncios ou ensinando o empreendedorismo nas escolas. É preciso que a vida real mostre que vale a pena”.

Provérbio

Há um provérbio que diz: Quando não os consegues vencer, junta-te a eles.

Ao que eu respondo:

No way!!!! Detestava trabalhar nas finanças ;)

Pequenos nadas

Passou por mim uma gaja a correr, garrafinha na mão, lufa, lufa, lufa. Eu fui a arrastar-me, só dei uma corridinha na curva para a poder continuar a ver a correr lá à frente. Fiquei cansada…
Acho que é a isto que se chama ginástica mental!

Monday, May 14, 2007

Há dois anos e um dia saltou-me um parafuso.

Saturday, May 12, 2007

Contra factos não há argumentos

TU ÉS UMA GRANDE DORMINHOCA!!!!!!!!!!!!


....pois sou...

Friday, May 11, 2007

Vou começar num lugar comum, no fundo são todos, lugares muito comuns. Ando sem rumo, posso dizer que a minha vida está de pernas para o ar. Não sei o que o futuro me reserva para além do fardo que não me vai largar. As pessoas com quem converso são todas umas queridas e eu já não as suporto, dizem-me que vai correr tudo bem, que ainda sou nova, que não me vão faltar oportunidades, mas o que eu queria, o que eu desejava mesmo era uma orientação, uma resposta, um caminho. É que não se trata para aqui de vazios existenciais nem de recalcamentos, é tudo pragmático, terra a terra, com possivelmente 30 soluções diferentes e eu não vejo nenhuma.

Sou uma profissional competente, gosto do que faço, se não fossem as sobrecargas eléctricas de preocupações desenvolvia e aprendia todos os dias.

Comecei hoje a estudar para fazer os exames nacionais para fazer a minha segunda Licenciatura, preciso de tirar um 18 para ter a certeza que entro e sei que vou conseguir, depende de mim, nem que este castelo feito de cartas que construí me tombe na cabeça vou entrar no curso e depois, vou fazer o que sempre fiz: estudar (mas desta vez numa área que gosto) e pagar a minha sobrevivência e o amontoado de escombros.

O meu maior problema é que não sei parar, sou teimosa como uma mula. Toda a minha vida o fui, por personalidade e por não ter outra saída.

Não é justo, não é justo, não é justo, para mim nem para quem acreditou em mim. Não é justo fazer perder o vosso tempo com lamúrias que só a mim me dizem respeito, nem aos meus amigos que perguntam onde está a formiga atómica.

A tristeza que alguém diz que viu nos meus olhos perturbou-me, porque sempre achei que apesar de tudo, tinha um olhar feliz.

Saturday, May 05, 2007

Vou pintar na testa:

Bom
fim-de-semana!!

Friday, May 04, 2007

Para animar os ânimos

fechem os olhos e pensem numa coisa engraçada. Sintam a vossa respiração, expirar, inspirar, expirar, inspirar (cuidado para não se enganarem, se repetirem muitas vezes o inspirar é provável que os pulmões: puuummm).


Hummm, uma coisa engraçada... já sei, alguém a cair à vossa frente e a ficar completamente estatelado no chão. Boa?!


Ah Ah AH AH

Era uma casa, muito engraçada, não tinha tecto, lá, lá, lá, lá….


Desde que me conheço que cantarolo (não sabia que esta palavra existia) esta música. Nunca a soube de cor, de maneira que a termino sempre com: lá, lá, lá Ás vezes invento uma letra para a melodia, do género: quando eu queria fazer xixi, não podia porque a casa, não estava ali; quando eu queria fazer cocó, ia a casa da minha avô; era uma casa desgrenhada, tinha o telhado na entrada; estava sempre em reboliça, ninguém me oferece pão com chouriça; era uma casa muito engraçada não tinha tecto, lá, , , .

Wednesday, May 02, 2007

Sugestões

  • para perder o sono, consulte o meu extracto bancário
  • para perder peso, consulte o meu extracto bancário
  • para ter um bom motivo para sair do país, consulte o meu extracto bancário
  • para beber uns copitos a mais, consulte o meu extracto bancário
  • para andar desorientado mesmo com bússola, consulte o meu extracto bancário
  • para não seguir as tendências da moda, consulte o meu extracto bancário
  • para estimular a criatividade em situações de aperto, consulte o meu extracto bancário
  • para mais informações, consulte o meu extracto bancário

Escolha medicamentos genéricos!

A minha droga acabou e eu não percebi, ontem já não tomei a minha droga e preciso da minha droga hoje.

Ah e tal tem que vir buscar a receita da sua droga amanhã.

Pois é que (simulação de nervosismo crescente) eu sem a minha droga (umas voltinhas sobre mim mesma) é que eu preciso, blá, blá, blá, ataques de pânico, ui, ai, aui, eia, um agora a vir (a revirar os olhos e saltos num só pé).

Espere aí menina, vou falar com a Dôtora.

Olhe chegue aqui (diz a Dôtora) sente-se bem?

Sinto e tal, é que a minha droga...

Tem aqui a receita!

Já agora, há outra droga de que gosto muito.... (enrolo os dedos e ando de pernas para o ar)

Claro menina, de facto é melhor. Está nervosinha...

Ui!
Devia ser seguida por um médico de família, venha cá daqui a duas semanas que eu tomo conta de si.

Ah e tal, muito obrigada!

E... já agora, eu sei que quer ir viajar, mas eu preferia um genérico, explique a situação à indústria farmacêutica que a faz tentar chular-me.

Pois, vou fazer outra.

Muito obrigada!


brum brum brum priiiiiiiiiiiiiiiiiiiii Farmácia!