"o Sobre-o-Nada vai ficar por aqui."

Não há palavras para descrever a tristeza que estou a sentir com a decisão e a sua anunciação: o Sobre-o-Nada vai ficar por aqui.

Vou terminá-lo por motivos pessoais (é sempre impossível questionar este género de razão, por isso é a que é a mais ouvida, despediu-se por motivos pessoais, não posso ir à reunião por motivos pessoais).

Morre aqui e não o vou apagar porque há textos de que gosto muito, outros que nem tanto, mas foram sempre escritos na hora, por isso, o delete do blog mataria um pouco de mim.

Vou continuar a seguir os meus amigos blogosfericos, é impossível não o fazer, para mim são reais mesmo que só os conheça através das fantasias que me mostram.

Mas tenho que ir.

Mais sobre o amor

Tenho um coração carente, mas silencioso. Fui educada pela minha avô que repartia as afeições por uma manada de filhos e por uma filha, quase da minha idade muito territorial. Mas, de vez em quando, lá me conseguia encolher na barriga dela, com a qual eu costumava gozar ternamente e sobre a qual ouvia sempre: um dia também a terás. Quando a minha tia/ irmã aparecia lá eu desocupava o posto e fazia-me de ocupada, para evitar ficar com menos cabelos na cabeça.

Acho que a carência nunca me abandonou e roubo afectos quando posso, mas sem nunca querer ocupar o lugar de ninguém. Devo ser mesmo a única pessoa do universo que recebe telefonemas da amante do amado com lengalengas do género: sabes que eu gosto muito dele, eu só quero ser feliz, faz-me falta e tal, e responde com um: percebo-te, vou ver o que posso fazer.

Isto é um bocado estúpido, mas é como aquela publicidade dos preservativos ou do Chico em que se diz que Maria ama José, José ama Carolina, Carolina ama Amadeu, Amadeu ama Jerónimo ou qualquer coisa deste tipo.

É muito complicada esta coisa dos afectos e eu reafirmo peremptoriamente que não gosto de tirar o lugar de ninguém, sou até capaz de forçar um pouco as coisas para que o mundo das afeições não tombe.

Talvez ainda não tenha encontrado o testo para a minha panela ou a peúga que é o par da que tenho solitária na gaveta dos perdidos e não achados.

A única coisa de que tenho a certeza é o amor da minha pequerrucha, com ela estou sempre em falta, tem um lugar muito grande para mim e eu se pudesse absorvia-a com o manto do amor fraternal, outro amor inegável é a minha gata, tive sorte, escolheu-me como dona. Nestes dois mundinhos encaixo bem, no resto não tenho a certeza. Já amei muito, sou uma grande Amadora, mas confesso que não tenho muito jeito. Espaço não me falta, o problema é só não me chegar o puzzel em que a minha peça encaixa muito bem.

Contradições

Contradigo o que digo e a seguir faço-o outra vez. Até parece que não tenho opinião!

Opinião, opinião até tenho, são é muito contraditórias.

Ai, o amor!

Não que ande especialmente romântica, nem no sentido literal nem no literário ou artístico. Mas vou contar umas histórias semi-reais, semi-inventadas, que me fazem crer que o amor existe, para alguns.

Frederico nasceu numa família completamente disfuncional, pai bêbado que abandona um adolescente, uma quase adolescente e um menino. Muitas vezes sem luz, sem água, sem um escudo, a família e o nosso Frederico lá foram sobrevivendo.

O nosso protagonista é um doce, sempre o foi e ponho as minhas mãos no fogo, pela possibilidade de algum dia o deixar de ser. Era um dos meus melhores amigos e para ser meu amigo, principalmente na adolescência é do catano. Mas era sempre o mais bem disposto e os longos cabelos se escondiam alguma coisa era o sorriso. A irmã preguiçoooosa por natureza e fértil, tem um puto aos quinze, mas continua igual a ela mesma (expressão retirada do Big Brother). A mãe tentava fugir à desgraça fazendo coisas que a divertiam, quem a pode censurar.

Revi esse meu amigo na sexta-feira, apanhou-me ensonada e demorei uns bons minutos a perceber quem ele era, o meu amigo. Fui ter com ele e com o sorriso dele e pimba, diz-me: vou casar!- entrei em estado de pânico porque pensei que era com a tresloucada que lhe infernizava a vida de formas indizíveis e das quais não vou contar porque senão tinha que por uma bolinha no canto do poste. Mas não, é uma menina-menina-mulher de uma aldeia qualquer que deu o primeiro chocho com a minha idade enquanto eu já percorri algumas letras do alfabeto.

De brilho nos olhos, falou-me dos seus planos, e do ui ui tão caro que é casar, que eu não vou ser convidada, porque se ela vê uma gaja jeitosa (Eu!) do lado dos convidados dele lhe salta em cima e fica sem tampa.

Falou-me da sua amada, do amor que sentia e eu fiquei com a lagrimita no canto do olho, depois falou-me da obsessão dela, da obsessão dela, da obsessão dela, e eu entrei em modo carago. Eu também sou ciumenta e deves em quando nem me reconheço, mas PORRA. Eu fugia a sete pés e se caísse usava as mãos e arrastava-me de rabo para chegar ao México e passar a chamar-me Puanita Piriquita.

Mas aqueles olhos felizes, nunca tiveram tanta luz, ele ama-a mesmo e ela ama-o.

O amor é uma tortura

é a melhor de todas. Privação do sono, palitos nos olhos, arrancar unhas, bahh

Botões

Estou furiosa e raivosa. Acho melhor, hoje, não morder ninguém. Não quero um processo criminal em cima e ter que pagar a conta do hospital.
Não tenho a certeza se está tudo a acabar ou a começar. Fico sempre na dúvida em períodos de transição. Só tenho certeza de uma coisa: dão muito trabalho. O que me apetecia era descansar, mas o descanso é inconciliável com o descanso. Por isso arrasto, literalmente, a minha peida escanzelada de um lado para o outro e lá se vai fazendo alguma coisa. Agora que está tudo a terminar por aqui, com a excepção das contas que nascem como urtigas, vou ter que arranjar um novo ninho ou vários, algo me diz que a nível de trabalho vou ficar uma badalhoca duma poligámica. Sei lá, sei lá, sei lá... Ainda bem que a Margarida Rebelo Pinto inventou a junção destas duas palavras, senão nos períodos de indecisão do que se há-de escrever ficavam uns espaços vazios marados. O que importa é produzir! Produzir lixo, uma ideia, uma preocupação, um barulho irritante, só para se estar ocupada, ou então estar constantemente a produzir pensamentos de que não se está a fazer nada para se conseguir descansar.
Para os meus botões: Botões, onde vou descarregar a fúria hoje?
Botões para mim: Vai beber uns copos!
Eu para os meus botões: Boa ideia! Tenho que os consultar mais vezes.
Botões para mim: Não leves o carro! Ou já te esqueceste?
Eu para os meus botões: Não se preocupem, já aprendi a lição dos 500 €

Tão querido!!

Não há nada mais querido, fofinho, amiguinho, xiribititi, do que um ladrãozeco que no dia em que começa a chover nos rouba as escovas do carro.

Para ele um muito, muito, muito obrigada!

Tenho que aprender

a fazer contas.
1+1 é igual a

muito sarilho!

A manha é uma coisa feia

Cúm catano

Faz quase duas semanas que me levanto com os passarinhos. Mesmo assim, chego atrasada e olham-me de soslaio, apetece-me gritar e grito (baixinho): não tenho culpa que tenham chegado a horas, seus, seus, seus MADRUGADORES!!!

Ando o dia todo abananada e depois não posso aproveitar a noite porque estou com sono e durmo. Onde é que já se viu, ir para a cama à meia-noite? Mas tenho mesmo que me deitar, se não o fizer, tal como o coche da Cinderela a minha cabeça fica transformada numa abóbora.

E depois é isto e mais aquilo e aqueloutro, parece que ando numa montanha russa ou me transformei na formiga, aquela, a da história da cigarra. A minha vida, feitas as contas, ora, uma Cinderela e uma formiga, mais uma montanha russa, mais parece um conto de fadas num parque de diversões. Pensando bem, com as figurinhas que ando a fazer, provavelmente tenho que encaixar o circo em qualquer lado.

Dois empregos, um part-time, estudar e um novo passatempo é igual… a pouco tempo para pensar! Se penso logo existo e eu já não penso, logo não existo, estou para aqui a fazer uma proeza do caraças, é que os posts não se escrevem sozinhos, sabem!!!

Fizeram-me um desafio (http://atuaamiga.blogs.sapo.pt) e eu aceitei, portanto cá vai:


DESAFIO DOS 7


7 coisas que faço bem

1- fumar! pareço uma autêntica chaminé
2- criar espaços giros e bem decorados (mas nem sempre me deixam, grrrr)
3- cantar (sou a única pessoa no mundo com esta opinião, mas canto e canto, até me mandarem a um sítio feio ;() )
4- morder o lábio inferior
5- ser amiga dos meus amigos (acho eu)
6- esquecer-me (tenho memória de passarinho)
7- cozinhar (também sou a única pessoa que acha isso, mas e depois? Quem não quiser que não coma, pim)


7 coisas que não faço ou não sei fazer

1- estender a roupa, odeio, odeio e odeio, faço-o mas fica sempre tudo torto
2- massagens (prefiro receber ;))
3- chegar com as mãos aos pés
4- chegar a horas aos encontros da parte da manhã, num sou lá muito madrugadora
5- esconder a minha (má) disposição
6- fingir orgasmos, sei fingi-los, não me dou é a esse trabalho!
7- ter tudo arrumadinho (sou muiiiito desorganizada)


7 coisas que digo frequentemente

1- que cena!
2- terminar as frases com "meu" (principalmente quando estou com um grande amigo que me contaminou. A culpa é tua, tás a ouvir meu!)
3- pim (pim)
4- Isto é assim... (tenho a mania ;)
5- fosgace (não gosto de dizer asneiras)
6- ai, ai, ui, hummmm, sim, sim, simmmmm
7- estou tesa

7 coisas que me atraem no sexo oposto

1- o dito
2- a cara de atarantados quando há uma discussão (nunca percebem nada)
3- a inteligência (detesto gajos burros)
4- a paciência (para aturar as birras e a TPM)
5- o sentido de humor (se não tiverem rifo-os)
6- boa constituição física, têm que ser pró grande
7- a minha metade, é do sexo oposto e tem tudo o que gosto



7 actores /actrizes que Admiro


1-Chuck Norris (estou a brincar ;))
2-Woody Allen
3-Clint Eastewood
4- Maria de Medeiros
5- Nastassja Kinski
6- Al Pacino
7- Tom Cruise (tenho uma grande paranóia por ele desde a adolescência)



7 visitantes e amigos a quem eu deixo o desafio

1- dreadasister.blogspot.com (mi miguiiiiita)
2- vitorespadinha.blogspot.com
3- despido.blogspot.com
4- numblogso.blogspot.com
5- angulosaxofonico.blogspot.com
6- masturbatrix.blogspot.com
7- sem-cantigas.blogspot.com



E pronto, já está! Agora vou andar a cuscar os blogs dos meus eleitos para ver se aceitaram o desafio.

Beijos e saltos